ALEA JACTA EST!

ALEA JACTA EST!


Subject: Para analisar com cuidado
> A L E A  J A C T A   E S T!...

Sei que sou considerado uma espécie de dinaussário dos forcados, Não pela idade, embora já seja muita, mas pela  ideia  antiquada que tenho do que é o FORCADO. Essa figura tão portuguesa e tão mal tratada por aqueles que se propuseram defende-lo e prestigiar.  No entanto devo dizer: para minha satisfação, há no presente, em todos os grupos, rapazes com o espírito de Forcado que eu e tantos outros que fui conhecendo, interpretámos. Aquele que levou a que o Forcado fosse considerado o romântico da Festa. Todavia os que há com esse espírito, não chegam para abastecer as necessidades da quantidade de grupos existente.

Nós íamos (os antigos), ou vão, (os atuais), pegar toiros por impulso, pelo desejo de testarmos as nossas  reações  ante  situações extremas. Era, é, a fruição do risco que a pega de um toiro comporta, que nos atraia. Sem qualquer outro objetivo que a satisfação pessoal.

Mas este ambiente de virgem sem mácula, alterou-se.
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A vida tornou-se mais dura, competitiva, o dar nas vistas a poder ser valorizado. A exposição que o pegar toiros proporciona tornou-se um estímulo. Começaram a surgir jovens aliciados por essa possibilidade.(a subida de qualidade dos toiros, também ajudou)


Criaram-se associações de forcados que controlam  os  tradicionais excessos (em tempos tolerados com certa bonomia, pois  mais não  eram (são) que a descompressão natural após o stress de uma atuação).

Tal rigor, tal disciplina, dirão, deve-se às exigências que a evolução da sociedade impôs. Seja. Mas que, na minha ”jurássica” forma de ver, condiciona o que de mais bonito o Forcado tinha -- "a liberdade, o improviso, a alegria, a exuberância", é uma verdade.
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Foi até criada a Associação Nacional dos Grupos de Forcados, a ANGF que diz, no seu estatuto, ter como lema, defender (e, obviamente, prestigiar) o Forcado Amador. Só que, pelo que sei, por experiência própria, por ouvir e por observar, até aqui a ANGF, não tem atingido totalmente aquilo a que estatutariamente se propôs. Antes, tem perdido tempo com prepotentes  e, até, disparatadas, exigências, que levam a pensar ser o seu fito apenas, ganhar  protagonismo.
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A reticências à entrada de novos grupos, vetos a empresas, grupos e empresários tauromáquicas, tem-se resumido a sua atuação. A IGAC, que aceitou a constituição da ANGF com toda a boa vontade, certamente por desconhecer o exagero deste procedimento, tem tolerado tudo.
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Agora chegou ao cúmulo de querer vetar (o veto é imagem de marca) a primeira praça do país!.O Campo Pequeno! .E, neste caso, não é a razão que apresenta para tal que conta (aliás, bastante discutível...) é antes, a arrogância, o atrevimento de tal pretensão (aqui já tem a IGAC alguma culpa pois, se não tivesse vindo a tolerar todos os desmandos praticados pela ANGF, esta não teria ousado chegar a tal exagero).

Recentemente tive a confirmação de que `ANGF, a não ser para exercer o seu direito de veto, pouco, ou nada, se interessa com as movimentações dos Forcados.

Por influência da internet, voltei a interessar-me pelo toureio a pé. Passei a comprar semanalmente  a “6 Toiros 6”. Revista espanhola aliás, lida por muitos portugueses, possivelmente alguns fazendo parte da ANGF. A desagradável e insólita surpresa é que, ao ler a constituição dos cartéis das corridas que se realizam em Portugal, constatei que não vinham anunciados em qualquer deles, grupos de forcados. Será para os depreciar?

Que os responsáveis pela revista, espanhóis sem qualquer ligação às nossas tradições e valores, tenham esse lapso ou atitude, ainda se pode entender. Agora que a ANGF, tendo conhecimento desta situação nada faça para a resolver, é que custa a aceitar.
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Por último, a Comissão Executiva do Monumento ao Forcado, quando a ANGF se formou, teve o cuidado de lhe dar conhecimento da sua intenção. Também deu conhecimento da mesma, a todos os grupos de forcados. Só se pedia colaboração para iniciativas que viessem a ser tomadas afim de se conseguir obter o financiamento da obra.

A ANGF não deu qualquer resposta. Presumivelmente a seu mando, os grupos de forcados nela filiados, obedientemente, fizeram o mesmo.

Iisto apesar de se tratar da construção de um MONUMENTO AO FORCADO, na capital do País, junto à nossa principal praça de toiros. Tal projeto não iria (ou não irá – Forcado dificilmente se rende), prestigiar o Forcado, não representa a homenagem que merece?
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É a altura dos Forcados encararem o procedimento da ANGF com seriedade profundidade e sem compadrio. Levarem a IGAC a reparar com atenção no que se está a passar. É altura de se virar o feitiço contra o feiticeiro. De ser a ANGF a levar com o veto.
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Conheço os que fazem parte dos corpos gerentes da ANGF. Tenho de alguns a melhor impressão. Como pessoas e como FORCADOS e aficionados. Custa-me por isso compreender como foram cair numa armadilha destas.
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VETAR O CAMPO PEQUENO??? ENVIAR-LHE UMA MOÇÃO DE CENSURA??? (cá está o síndrome do veto a manifestar-se)  È de um pretensiosismo, de uma falta de censo que não tem classificação.
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> Carlos Patrício Álvares
> (bet)Chau