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Q U E D E S P L A N T E..!
Que sou um acérrimo defensor da Festa Brava, todos que me conhecem sabem. Vejo que a Sociedade Protetora dos Animais também.
O ter-me enviado um artigo escrito por um tal “Fernando Alvarez, etólogo, profesor de investigacion – CSIC, Estación Biológica de Doñana“. Leva-me a pensar isso.
Presumo que tenha sido uma tentativa de me sensibilizar para a causa deles. Insensata esperança.
O dr. F. Alvarez, não contente em repetir o estafado, senil e inútil argumento que sempre se ouve quando atacam as corridas de toiros, tem o desplante de afirmar, mostrando uma ignorância incompreensível num professor: "La supresión de la lidia no implica la extinción del toro bravo ni de su hábitat. Hoy, ambos se conservan com fines económicos y, de suprimirse la fiesta serian conservados, como lo son otros ecosistemas y razas de bovinos, incluido el uro primigenio".
Como foi fotocópia que recebi, não sei qual terá sido a publicação de que o homem se serviu para emitir estes disparates.
Não sabendo por isso, para onde mandar a resposta, faço-o por este meio. Mesmo que o iluminado “prof” não leia, é uma forma de descarregar. Além de que, como tenho dito, nunca é demais defendermos a Tauromaquia. Para a SPA, irá igualmente uma cópia.
Um produto de raça brava poderá ter, ao fim de 4 anos de manutenção, mais onerosa que a do gado criado exclusivamente para produção de carne, 600 quilos.
Depois, enquanto estes animais atingem os pesos referidos após 4 anos de criação, aqueles em que só a carne é aproveitada, em 15/16 meses, podem alcançar esse mesmo peso. Com a vantagem da carne ser muito mais saborosa e tenra.
Se o criador de toiros de lide, não tivesse a compensação material que lhe dá a utilização da bravura em espectáculos taurinos, não havia quem perdesse 4 anos a criá-los, pois significaria perder tempo e dinheiro.
Uma maior taxa de mortalidade e inutilização, porque os toiros lutam uns com os outros é, igualmente, de ter em conta.
Acontece ainda e está provado que a bravura, embora sendo uma qualidade inata, necessita de ser acompanhada ou estimulada para que não se perca.
Para que tal não aconteça, os criadores têm até o maior cuidado. São frequentes tentas de campo e de praça para a preservar e avivar. O que representa trabalho e tem custos acrescidos,
Tratar o gado bravo como se trata o manso, como o ilustre “prof.” diz,- "conservá-lo como lo son otros ecosistemas y razas de bovinos, incluido el uro primigenio", seria o fim da raça brava.
Considerando todos estes fatores, como pode o "prof" espanhol, dizer que o toiro bravo se manteria, mesmo que não fosse aproveitado para os espetáculos tauromáquicos
Passou o tempo de se criarem toiros por "status" social. Para presumir. A época dessas atitudes de ostentação já passou. Ninguém quer, ou pode, perder dinheiro.
Por tudo isto, tanto o "prof" como os da SPA, com as suas ridículas e pífias campanhas anti-taurinas, não fazem mais que atentar contra a existência de um animal tão carismático como o toiro bravo. Autentico fenómeno da Natureza, proporciatório de momentos de grande exaltação plástica e artística.
Deixem-no pois viver! Por favor. Não queiram exterminar uma raça tão digna de admiração e carinho.
Carlos Patrício Álvares (Chaubet)
P.S.) Sim!..Digo carinho porque sei ser o que nós, os aficionados, sentimos por ele. Ao contrário da S.P.A. e o “prof” queremos que viva.
P O R T U G A L I D A D E
Tenho verificado que a revista espanhola "6TOIROS6", tem um hábito insólito, estranho e, até, suspeito. Ao publicitar os espetáculos tauromáquicos que se realizam em Portugal, descaracteriza-os. Nunca faz referência aos forcados. Precisamente aqueles que o identificam, cujo ineditismo e valor demonstrado desinteressadamente, tanta admiração despertam.
Vendo que nada se faz para a modificar tal situação, recorri à Associação Nacional dos Grupos de Forcados (ANGF). Vocacionada para defender e valorizar o Forcado, decerto não deixaria de levar em conta a minha observação. Não respondeu à carta que enviei. Pode ser que por falta de tempo.
O caso das bandarilhas à espanhola, há vários anos em discussão, é um dos que mais tempo lhes rouba. Sem qualquer resolução à vista, continuam a ser um potencial perigo, a fazer vítimas. A última foi João Salvação. Ficou sem uma vista. Mas há mais casos a tratar. Para a ANGF, de maior importância que estes "pequenos" percalços. /
A complexa escolha de quem deve ou não entrar na ANGF. A mão pesada para os que prevaricam, saem fora do que está regulamentado. Ultimamente, o intrincado assunto dos "burladeros" que, colocados dentro da arena, são um risco acrescido para os pegadores. Ao Campo Pequeno a obrigatoriedade de os tirar da arena, já foi comunicada.
Agora penso que estará em estudo a forma de fazer o mesmo aos "burladeros" das praças desmontáveis. Estes ainda maior ameaça para os forcados, dado o tamanho da arena. E o problema da praça do Algarve, do ex-Matador Fernando dos Santos, que tem "burladeros" dentro da arena e fixos?
Há igualmente o estribo da trincheira da praça de Alcochete em alvenaria, presumivelmente culpado da morte de um Forcado? Irá ser substituído?
É humano que com todas estas prioridades, a ANGF, não ligue à circunstância de não serem anunciados Forcados nos programas publicados na "6TOROS6". Mas que é uma desconsideração, é.
Estava conformado. A ANGF não pode ou não quer responder, nem toma qualquer iniciativa para resolver tal imbróglio...paciência. Não é da sua resposta que estou à espera. Por mim desabafo e... pronto. Fico satisfeito. O que realmente gostava é que estes problemas fossem resolvidos.
Posto isto, o que me fez voltar a escrever foi, mais uma vez, a "6TOIROS6". Então não vem lá uma critica a uma corrida que teve lugar no Campo Pequeno -21/julho – sem virem mencionados os Forcados! E, por ironia, o autor do texto, assina como Manuel "LUSITANO".
Que "nuestros hermanos" não ponham o nome dos forcados nos programas a publicitar as corridas que cá se fazem…....... Porém, uma pessoa que se identifica como “LUSITANO”, fazer o mesmo é que custa a engolir. Tanto que me levou a exagerado paralelismo. A recordar o comportamento de Miguel de Vasconcelos.
Carlos Patrício Álvares (Chaubet)