UMA LUZ AO FUNDO DO TÚNEL

UMA LUZ AO FUNDO DO TÚNEL

 

É sabido. Ao verdadeiro Forcado, apenas a Morte ou a enfermaria o fazem  desistir  de  realizar  a pega.

Mesmo aquela, não é com facilidade que “O” verga. Como aconteceu na Praça de Toiros de Arruda dos Vinhos.  Só  após a pega consumada e de ouvir as  últimas palavras do FORCADO – “estou cheio de dores” – a  Morte  conseguiu levar o malogrado Carlos Silva, o “Pitó”.

Na Comissão Executiva do Monumento ao Forcado (CEMF), existe o mesmo espírito de luta, o mesmo querer e determinação que o “Pitó” demonstrou naquela fatídica tarde.

Há muitos anos que a CEMF batalha pela concretização do projeto que motivou a sua formação- um Monumento que consagre condignamente a memória do Forcado, um dos maiores representantes do espírito de aventura e valentia, da gente lusa.

 Com persistência de Forcado,  aguentando  estoicamente  os  inesperados  derrotes que foi e vai sofrendo, a CEMF conseguiu a estrutura do Monumento da qual existe um modelo. Autorização camarária  para  a  sua implantação junto à Monumental Lisboeta. O Monumento, ser considerado de INTERESSE CULTURAL pelo  Ministério da Cultura.

No entanto, conseguidas estas “vitórias”, quando já se antevia o êxito da “pega”, surgiu um derrote demolidor. O financiamento  da obra.

Foi ao tentar resolver esse problema que a CEMF,  foi  confrontada  com  impensáveis  reações negativas.

Logo que a Associação Nacional dos Grupos de Forcados (ANGF) se formou a CEMF, esperançosa, escreveu-lhe. Assim como aos grupos nela inscritos, dando notícia do projeto e pedindo a sua colaboração.

Sendo uma iniciativa com a finalidade  de  homenagear  condignamente o Forcado, certamente seriam os          primeiros interessados em apoiá-la.

 Na  tentativa de obter os meios  necessários para prosseguir o seu intento a  CEMF,  pensava organizar um ou dois espetáculos e precisava da sua participação. Estranhamente a ANGF não respondeu. Os grupos nela  filiados, talvez por obediência sectária, tiveram idêntico comportamento. Nenhum dos visados respondeu ao apelo. Mas a CEMF não se deu por vencida.

Anos mais tarde, sempre com a ideia de “concretizar a pega” ,  sugeriu a um empresário  a realização  de  um espectáculo só com forcados, executando as várias   modalidades  de pegas existentes. Seria um acontecimento inédito. Dada a popularidade  do  Forcado,  de certo atrairia muito público.

O empresário   contatado gabou a ideia  mas  considerou-a  inexequível na sua praça.  No  ano  seguinte porém,  passou a organizá-lo todos os anos, na referida praça. Com o êxito que a CEMF previa. Evidentemente sem ser a favor do Monumento.

Todavia  a  ideia subsiste. Embora já um tanto desvalorizada. Perdeu o impacto da novidade, da originalidade. No entanto, apesar disso, a CEMF não desiste do citado evento. É uma das propostas que irá apresentar à SRUCP.

 Esta Sociedade, desenvolvendo com interesse, aficion e assinalável sucesso a sua atuação empresarial,  logo  dirá se é ou não oportuna e rentável, a realização de tal espectáculo.

Porém, ideias para tirar do tauródromo lisboeta a rentabilidade  suficiente para terminar a tarefa a que meteu ombros,  não faltam à CEMF. Só que, desta vez, só à SRUCP as irá divulgar.

 A boa vontade já expressa pela Administração desta Sociedade, onde é grande a simpatia pelo Forcado, levam a CEMF a estar ótimista quanto ao desfecho da “pega” Com  uma primeira ajuda desta qualidade, o êxito está garantido.

Finalmente a CEMF vê  UM A LUZ AO FUNDO DO TÚNEL (túnel que tem, diga-se, uns vinte anos (!!!) de extensão)

COMISSÃO EXECUTIVA DO MINUMENTO AO FORCADO